Happiness.Documentary

Olá! Este é o blog oficial de divulgação do documentário que estou fazendo: #HappinessDocumentary e outras divulgações de meu interesse.
Eu já tinha este blog desde 2008. Apenas mudei o nome para o nome do documentário e mantive as publicações anteriores para que as pessoas possam me conhecer um pouco mais.

quinta-feira, julho 28, 2016

Malak e o Barco

Rio 2016: Olimpíada atrapalha ou ajuda o Brasil?

ARTIGO Temos visto várias críticas da imprensa nacional e internacional, de algumas delegações que chegaram e não encontraram os alojamentos em condições habitáveis, como foi o caso da Austrália. É sabido que não existe perfeição nestes tipos de eventos grandiosos. Outros países também tiveram problemas em edições anteriores das Olimpíadas, mas o que os outros não tiveram foi uma cidade linda como o Rio de Janeiro e a alegria de um povo como o brasileiro. Não se pode negar as falhas apresentadas na Vila dos Atletas, algumas causadas por incompetência dos organizadores ou atrasos nas entregas, outras, investiga-se agora, por sabotagem por parte de funcionários insatisfeitos. O comitê da Rio 2016 não procurou culpados, nem identificou suspeitos, mas o alto escalão não explica de outra forma os blocos de cimentos encontrados dentro dos vasos sanitários, por exemplo. Porém, não podemos deixar de analisar, à luz da razão, se o evento deixará ou não um saldo positivo como foi anunciado. Principalmente neste momento econômico difícil que o País passa, além das denúncias de corrupções diárias, que sem dúvida levantam suspeitas sobre as obras da Rio 2016, afinal, tivemos a Copa e sabemos que muitos estádios foram superfaturados e não estão lucrando o que foi prometido que lucraria. No caso de obras superfaturadas, envolvidas em corrupção, isto por si só já é suficiente para nos deixar com um saldo negativo. Em setembro de 2009, quando o Rio de Janeiro ainda competia com Madri, Tóquio e Chicago para ser a sede dos Jogos Olímpicos, um estudo encomendado pelo Ministério dos Esportes à Fundação Instituto de Administração (FIA) estimava que a competição poderia movimentar US$ 51 bilhões em recursos e cerca de 120 mil empregos. Só que em 2009 existia uma crise grave mas nos EUA e aqui nem sonhávamos que passaríamos pelo que estamos passando agora. O estudo defendia que os investimentos feitos para o evento teriam um efeito multiplicador amplo e diversificado sobre a economia, que duraria anos. O impacto também seria positivo fora do Rio de Janeiro - cerca de metade desses postos de trabalho beneficiariam moradores de outros Estados, mas na prática parece que não está sendo assim. Se compararmos com a Copa, as Olimpíadas duram apenas duas semanas - não quatro, como no Mundial. À exceção dos jogos de futebol, todas as competições ocorrem no Rio de Janeiro, enquanto na Copa eram 12 cidades-sede. Sendo otimista, talvez a Olimpíada possa promover o turismo no Rio e passar uma imagem positiva do povo, se tudo ocorrer como previsto, sem incidentes de violência, claro. Segundo um especialista em economia do esporte da Universidade de Hamburgo, Wolfgang Maennig, que vem estudando há anos os impactos econômicos de grandes eventos esportivos, essas competições "costumam ser um jogo de soma zero" e acrescenta que estudos empíricos não captaram nenhum efeito significativo dos Jogos na geração de emprego, renda e arrecadação de impostos. Então, continuando com o otimismo, até porque não têm volta, é melhor tirar o melhor disto tudo: uma Olimpíada é, basicamente, uma grande festa de confraternização entre povos. As pessoas ficam mais felizes. É um momento de celebração do esporte para ser lembrado por muitos e um pouco de felicidade é tudo que o povo brasileiro está precisando... (Clara Santos)

segunda-feira, julho 25, 2016

A incrível geração de mulheres que foi criada para ser tudo o que um homem não quer

Às vezes me flagro imaginando um homem hipotético que descreva assim a mulher dos seus sonhos:“Ela tem que trabalhar e estudar muito, ter uma caixa de e-mails sempre lotada. Os pés devem ter calos e bolhas porque ela anda muito com sapatos de salto, pra lá e pra cá.Ela deve ser independente e fazer o que ela bem entende com o próprio salário: comprar uma bolsa cara, doar para um projeto social, fazer uma viagem sozinha pelo leste europeu. Precisa dirigir bem e entender de imposto de renda.Cozinhar? Não precisa! Tem um certo charme em errar até no arroz. Não precisa ser sarada, porque não dá tempo de fazer tudo o que ela faz e malhar.Mas acima de tudo: ela tem que ser segura de si e não querer depender de mim, nem de ninguém.”Pois é. Ainda não ouvi esse discurso de nenhum homem. Nem mesmo parte dele. Vai ver que é por isso que estou solteira aqui, na luta.O fato é que eu venho pensando nisso. Na incrível dissonância entre a criação que nós, meninas e jovens mulheres, recebemos e a expectativa da maioria dos meninos, jovens homens, homens e velhos homens.O que nossos pais esperam de nós? O que nós esperamos de nós? E o que eles esperam de nós?Somos a geração que foi criada para ganhar o mundo. Incentivadas a estudar, trabalhar, viajar e, acima de tudo, construir a nossa independência. Os poucos bolos que fiz na vida nunca fizeram os olhos da minha mãe brilhar como as provas com notas 10. Os dias em que me arrumei de forma impecável para sair nunca estamparam no rosto do meu pai um sorriso orgulhoso como o que ele deu quando entrei no mestrado. Quando resolvi fazer um breve curso de noções de gastronomia meus pais acharam bacana. Mas quando resolvi fazer um breve curso de língua e civilização francesa na Sorbonne eles inflaram o peito como pombos.Não tivemos aula de corte e costura. Não aprendemos a rechear um lagarto. Não nos chamaram pra trocar fralda de um priminho. Não nos explicaram a diferença entre alvejante e água sanitária. Exatamente como aconteceu com os meninos da nossa geração.Mas nos ensinaram esportes. Nos fizeram aprender inglês. Aprender a dirigir. Aprender a construir um bom currículo. A trabalhar sem medo e a investir nosso dinheiro. Exatamente como aconteceu com os meninos da nossa geração.Mas, escuta, alguém lembrou de avisar os tais meninos que nós seríamos assim? Que nós disputaríamos as vagas de emprego com eles? Que nós iríamos querer jantar fora, ao invés de preparar o jantar? Que nós iríamos gostar de cerveja, whisky, futebol e UFC? Que a gente não ia ter saco pra ficar dando muita satisfação? Que nós seríamos criadas para encontrar a felicidade na liberdade e o pavor na submissão?Aí, a gente, com nossa camisa social que amassou no fim do dia, nossa bolsa pesada, celular apitando os 26 novos e-mails, amigas nos esperando para jantar, carro sem lavar, 4 reuniões marcadas para amanhã, se pergunta “que raio de cara vai me querer?”.“Talvez se eu fosse mais delicada… Não falasse palavrão. Não tivesse subordinados. Não dirigisse sozinha à noite sem medo. Talvez se eu aparentasse fragilidade. Talvez se dissesse que não me importo em lavar cuecas. Talvez…”Mas não. Essas não somos nós. Nós queremos um companheiro, lado a lado, de igual pra igual. Muitas de nós sonham com filhos. Mas não só com eles. Nós queremos fazer um risoto. Mas vamos querer morrer se ganharmos um liquidificador de aniversário. Nós queremos contar como foi nosso dia. Mas não vamos admitir que alguém questione nossa rotina.O fato é: quem foi educado para nos querer? Quem é seguro o bastante para amar uma mulher que voa? Quem está disposto a nos fazer querer pousar ao seu lado no fim do dia? Quem entende que deitar no seu peito é nossa forma de pedir colo? E que às vezes nós vamos precisar do seu colo e às vezes só vamos querer companhia pra um vinho? Que somos a geração da parceria e não da dependência?E não estou aqui, num discurso inflamado, culpando os homens. Não. A culpa não é exatamente deles. É da sociedade como um todo. Da criação equivocada. Da imagem que ainda é vendida da mulher. Dos pais que criam filhas para o mundo, mas querem noras que vivam em função da família.No fim das contas a gente não é nada do que o inconsciente coletivo espera de uma mulher. E o melhor: nem queremos ser. Que fique claro, nós não vamos andar para trás. Então vai ser essa mentalidade que vai ter que andar para frente. Nós já nos abrimos pra ganhar o mundo. Agora é o mundo tem que se virar pra ganhar a gente de volta. (Ruth Manus)

Aconteceu de novo!

EDITORIAL

Aconteceu de novo o quê? Terrorismo ? Um serial killer?  Uma morte por bala perdida? Um jovem matando outro por banalidade? Mais uma mulher agredida ou morta por um machista intolerante? Uma ou várias pessoas mortas por um homofóbico raivoso? Mais um caso de racismo velado, as vezes nem tão velado, matando ou agredindo um afrodescendente? Mais um caso de corrupção? Um desastre ecológico por negligência e ganância de empresas?
Infelizmente tudo isto aconteceu de novo e de novo. São notícias corriqueiras, quando não são diárias, são semanais, posso garantir a você leitor e leitora. Não são conjecturas, são fatos reais que por ser jornalista tenho que ler o tempo todo ao longo da minha vida profissional.
Este início de editorial poderia ter sido no ano passado, retrasado, infelizmente poderá ser ano que vem porque este tipo de notícia vem sendo cada vez mais recorrente.
Ataques terroristas há muito que era coisa lá do Oriente. Todos nós, até aqui no Brasil, que nunca teve este tipo de problema, ficamos tensos esperando onde será o próximo porque acredito que não há dúvida de que haverá um próximo.
Só no Jornal Momento, onde estou há quatro meses, eu venho colocando notícias deste tipo toda semana. A gente fica até sem jeito de colocar porque acha que ninguém vai ler achando que estamos repetindo, mas o fato é que violência vem ganhando as manchetes dos meios de comunicação com maior frequência.
De domingo para segunda começamos com explosão na Alemanha, tiroteio nos Estados Unidos e atentado no Iraque: 34 mortos. Meu colega me contou que a filha e o namorado foram assaltados no domingo, em Osório. Nunca para!

O mais triste é saber que não vai parar, que não tem uma solução “mágica”. Não tem espaço no jornal para eu tentar enumerar possíveis causas das pessoas estarem tão “desconectadas” umas das outras e também seria inútil porque seriam só tentativas de explicar o inexplicável. Não adianta ir para outro país, ficar trancado em casa a sete chaves. O jeito é viver a vida e rezar, pensar positivo, pedir ao “Universo” que dê mais equilíbrio ao mundo e tentar não nos deixarmos afetar com tanta notícia ruim... (Clara Santos)

sexta-feira, julho 22, 2016

Zygmunt Bauman: “As redes sociais são uma armadilha”

Zygmunt Bauman acaba de completar 90 anos de idade e se expressa com tanta calma quanto clareza. Sempre se estende, em cada explicação, porque detesta dar respostas simples a questões complexas. Desde que colocou, em 1999, sua ideia da “modernidade líquida" – uma etapa na qual tudo que era sólido se liquidificou, e em que “nossos acordos são temporários, passageiros, válidos apenas até novo aviso" –, tornou-se uma figura de referência da sociologia.
Bauman é considerado um pessimista. Seu diagnóstico da realidade em seus últimos livros é sumamente crítico. Em A riqueza de poucos beneficia todos nós?, explica o alto preço que se paga hoje em dia pelo neoliberalismo triunfal dos anos 80 e a “trintena opulenta" que veio em seguida. Sua conclusão: a promessa de que a riqueza acumulada pelos que estão no topo chegaria aos que se encontram mais abaixo é uma grande mentira. Em Cegueira moral, escrito junto com Leonidas Donskis, Bauman alerta sobre a perda do sentido de comunidade em um mundo individualista. Em seu novo ensaio, Estado de crise, um diálogo com o sociólogo italiano Carlo Bordoni, volta a se destacar. O livro trata de um momento histórico de grande incerteza, em que os governos estão cada vez mais impotentes para gerenciar as crises e, os cidadãos, cada vez mais insatisfeitos com seus governantes.
Em entrevista ao El País, o sociólogo polonês reflete sobre estas obras, denuncia a desigualdade, a queda da classe média e avisa aos indignados que seu experimento pode ter vida curta. Confira o texto logo abaixo ao vídeo extraído da entrevista:
Você vê a desigualdade como uma “metástase". A democracia está em perigo? 
Zygmunt Bauman: O que está acontecendo agora, o que podemos chamar de crise da democracia, é o colapso da confiança. A crença de que os líderes não só são corruptos ou estúpidos, mas também incapazes. Para atuar, é necessário poder: ser capaz de fazer coisas; e política: a habilidade de decidir quais são as coisas que têm ser feitas. A questão é que esse casamento entre poder e política nas mãos do Estado-nação acabou. 

O poder se globalizou, mas as políticas são tão locais quanto antes. A política tem as mãos cortadas. As pessoas já não acreditam no sistema democrático porque ele não cumpre suas promessas. É o que está evidenciando, por exemplo, a crise de migração. O fenômeno é global, mas atuamos em termos paroquianos. As instituições democráticas não foram estruturadas para conduzir situações de interdependência. A crise contemporânea da democracia é uma crise das instituições democráticas.
Para que lado tende o pêndulo que oscila entre liberdade e segurança?Zygmunt Bauman: São dois valores extremamente difíceis de conciliar. Para ter mais segurança é preciso renunciar a certa liberdade, se você quer mais liberdade tem que renunciar à segurança. Esse dilema vai continuar para sempre.
Há 40 anos, achamos que a liberdade tinha triunfado e que estávamos em meio a uma orgia consumista. Tudo parecia possível mediante a concessão de crédito: se você quer uma casa, um carro... pode pagar depois. Foi um despertar muito amargo o de 2008, quando o crédito fácil acabou. A catástrofe que veio, o colapso social, foi para a classe média, que foi arrastada rapidamente ao que chamamos de precariat (termo que substitui, ao mesmo tempo, proletariado e classe média). Essa é a categoria dos que vivem em uma precariedade contínua: não saber se suas empresas vão se fundir ou comprar outras, ou se vão ficar desempregados, não saber se o que custou tanto esforço lhes pertence...
O conflito, o antagonismo, já não é entre classes, mas de cada pessoa com a sociedade. Não é só uma falta de segurança, também é uma falta de liberdade.
Você afirma que a ideia de progresso é um mito. Por que, no passado, as pessoas acreditavam em um futuro melhor e agora não?
Zygmunt Bauman: Estamos em um estado de interregno, entre uma etapa em que tínhamos certezas e outra em que a velha forma de atuar já não funciona. Não sabemos o que vai a substituir isso. As certezas foram abolidas. Não sou capaz de profetizar. Estamos experimentando novas formas de fazer coisas. A Espanha foi um exemplo com aquela famosa iniciativa de maio (o 15-M), em que essa gente tomou as praças, discutindo, tratando de substituir os procedimentos parlamentares por algum tipo de democracia direta. Isso provou ter vida curta. As políticas de austeridade vão continuar, não podiam pará-las, mas podem ser relativamente efetivos em introduzir novas formas de fazer as coisas.
Você sustenta que o movimento dos indignados “sabe como preparar o terreno, mas não como construir algo sólido".
O povo esqueceu suas diferenças por um tempo, reunido na praça por um propósito comum. Se a razão é negativa, como se indispor com alguém, as possibilidades de êxito são mais altas. De certa forma, foi uma explosão de solidariedade, mas as explosões são muito potentes e muito breves.
E você também lamenta que, por sua natureza “arco-íris", o movimento não possa estabelecer uma liderança sólida.
Os líderes são tipos duros, que têm ideias e ideologias, o que faria desaparecer a visibilidade e a esperança de unidade. Precisamente porque não tem líderes o movimento pode sobreviver. Mas precisamente porque não tem líderes não podem transformar sua unidade em uma ação prática.
As redes sociais mudaram a forma como as pessoas protestam e a exigência de transparência. Você é um cético sobre esse “ativismo de sofá" e ressalta que a Internet também nos entorpece com entretenimento barato. Em vez de um instrumento revolucionário, como alguns pensam, as redes sociais são o novo ópio do povo?A questão da identidade foi transformada de algo preestabelecido em uma tarefa: você tem que criar a sua própria comunidade. Mas não se cria uma comunidade, você tem uma ou não; o que as redes sociais podem gerar é um substituto.
A diferença entre a comunidade e a rede é que você pertence à comunidade, mas a rede pertence a você. É possível adicionar e deletar amigos, e controlar as pessoas com quem você se relaciona. Isso faz com que os indivíduos se sintam um pouco melhor, porque a solidão é a grande ameaça nesses tempos individualistas.Mas, nas redes, é tão fácil adicionar e deletar amigos que as habilidades sociais não são necessárias. Elas são desenvolvidas na rua, ou no trabalho, ao encontrar gente com quem se precisa ter uma interação razoável.
Aí você tem que enfrentar as dificuldades, se envolver em um diálogo. O papa Francisco, que é um grande homem, ao ser eleito, deu sua primeira entrevista a Eugenio Scalfari, um jornalista italiano que é um ateu autoproclamado. Foi um sinal: o diálogo real não é falar com gente que pensa igual a você.
As redes sociais não ensinam a dialogar, porque nelas é muito fácil evitar a controvérsia. Muita gente as usa não para unir, não para ampliar seus horizontes, mas ao contrário, para se fechar no que eu chamo de zonas de conforto, onde o único som que escutam é o eco de suas próprias vozes, onde o único que veem são os reflexos de suas próprias caras. As redes são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha.

terça-feira, julho 12, 2016

Personalizar o ambiente de trabalho pode melhorar a qualidade de vida laboral

EDITORIAL

A maioria dos “mortais” precisa trabalhar, certo? Certo. Muita gente trabalha em algo que não gostaria, que não tem vocação, certo? Certo. Mas mesmo quem faz o que ama ainda assim tem momentos de stress no trabalho, certo? Certo.
Um ambiente de trabalho organizado e limpo ajuda o profissional a desenvolver sua atividade intelectual, além também de causar uma boa impressão ao cliente. Mas só isso não basta. Novas tendências em escritórios tem surgido, com muita inovação! Tendências essas que podem ser adaptadas aos nossos ambientes de trabalho, que nos ajudam no desempenho da nossa função, e até a relaxar um pouquinho durante o trabalho.
Sair da rotina, dar pausas no meio do trabalho, dar uma caminhada ainda que curta, dormir bem, contato com a natureza e conforto são dicas muito relevantes para quem trabalha em escritório, especialmente para os que trabalham em cidades grandes, e acabam se trancafiando em salinhas pequenas repletas de papéis e mais papéis.
O estresse é inversamente proporcional ao rendimento. E o modelo de escritório com mesas enfileiradas, cadeiras, computador, arquivos, pastas etc, é um modelo ultrapassado. Sentir-se à vontade no local de trabalho é essencial. Sendo assim, seu escritório ou sala onde atende deve ter muito mais que uma mesa, uma cadeira e um computador.
As vezes, simplesmente colocar sua mesa virada para uma janela, quando existe esta possibilidade, claro, já ajuda a relaxar.  Colocar uma planta, fotos de pessoas queridas, um mural, um enfeite, sua caneca de café, enfim, coisas que possam tornar seu ambiente de trabalho mais familiar ajudam a tornar seu trabalho mais leve e confortável.
Grandes empresas, como o Google, o Skype, o Twitter, dentro outras apostam em escritórios diferentes, modernos e inovadores para garantir a produtividade de seus funcionários.

Lembrem que não somos máquinas, as máquinas trabalham para nós. Trabalho também deve ser algo agradável e dar prazer. Uma das formas de se fazer um ótimo trabalho é amar o que você faz.  (Clara Santos)

segunda-feira, julho 11, 2016

Mulheres, uni-vos e denunciem!

EDITORIAL

Semana passada Luiza Brunet, que despensa apresentações, saiu em todas as mídias sociais e demais veículos de comunicação por ter denunciado as agressões do ex namorado, um empresário bastante rico. Nos primeiros jornais matutinos desta segunda já estava lá a notícia horrorosa de uma mulher que foi presa na própria casa e torturada por três dias pelo ex que não aceitava o rompimento. São apenas dois dos milhares de casos que acontecem no Brasil e que por causa disto nos colocou no ranking como a quinta maior no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
São tantas as formas de agressões de gênero que nem vou elencar aqui, mas ao ver a notícia hoje cedo já vim para o jornal determinada a escrever o Editorial de hoje sobre o tema. Sabem o que é pior? Que muita gente, entre homens e mulheres, torcem o nariz quando se fala de feminismo. Sabem que se eu, uma mulher, formada em dois cursos – que eu pude escolher – solteira, sem filhos – porque eu optei por estar assim – que morei em outros dois países e em outro estado, sozinha, por opção minha, posso estar aqui escrevendo a você é porque mulheres antes de mim lutaram pelos direitos das mulheres.
Se eu posso votar, trabalhar, namorar antes de casar e escolher com quem quero ficar; se eu posso escolher não casar, me divorciar, ter o direito de ir e vir, viajar sozinha ou acompanhada, escolher a roupa que quero usar, ter cargo de chefia, exercer funções que há bem pouco tempo eram permitidas somente aos homens, é porque mulheres antes de mim lutaram e até morreram para que eu pudesse hoje desfrutar de tudo isto.
E eu sou muito agradecida, tão agradecida que me uni a este coro e também luto pelos direitos das mulheres. Eu sei que é difícil mas quem sofre violência de gênero, seja do tipo que for, precisa denunciar. Existem as delegacias das Mulheres, que infelizmente aqui em Osório não existe, mas existe o Ministério Público, a delegacia de polícia mais próxima, o número 180.
Os homens que agridem as mulheres são covardes, inseguros, ignorantes, arrogantes, não têm amor próprio, são infelizes, porque quem ama e é feliz não maltrata, respeita o outro, apoia; quem sabe amar, não oprime e não compete, pelo contrário, apoia e ajuda o ser amado a progredir. Existe uma linha tênue entre o ciúme e a possessão, o desejo de posse. Cuidado com isto!

Então concluo perguntando quem precisa de feminismo? Eu preciso de feminismo para que meu caráter, minha competência e meus direitos básicos sejam mais valorizados do que meu sexo.(Clara Santos)

sexta-feira, julho 08, 2016

Políticos não são celebridades

EDITORIAL

As eleições estão chegando então me ocorreu de escrever o editorial sobre uma questão que observo e me incomoda um pouco, que é a necessidade que algumas pessoas têm de “endeusar” pessoas, de criar celebridades.
Antes mesmo do homem ser sapiens já existe registro de culto a alguma coisa: animal, astro, elementos da natureza, “whatever”, o que vem a provar que é inerente ao ser humano, mas precisamos ter cuidado com o quê ou quem cultuamos e em que medida. Nem todo líder é “celebridade”, e ninguém é celebridade até que outro a transforme em tal.
Parece que existe uma necessidade de ter “reis”, “rainhas”, “princesas”, “príncipes”, já perceberam? E a mídia é uma das principais responsáveis por isto, não posso negar. É o rei cantor, o rei jogador, a rainha apresentadora, a princesa não sei de onde, a celebridade de tal reality. Prá quê estes adjetivos, eu fico me perguntando.
Ser uma "celebridade" é ter "fama", "reputação bem-estabelecida", "notabilidade", segundo algumas das definições registradas nos dicionários. Mas, com a ampliação do conceito – que hoje abrange também personalidades da internet, concursos de beleza e realities da TV – há quem não aceite ser classificado como celebridade, apesar do reconhecimento público por seu trabalho.  Mas em via de regra tem gente que se expõe ao ridículo para ter seus 15 minutos de fama e se tornar uma celebridade.
Enfim, o que quero chamar a atenção, desta vez, é com relação aos políticos. Político não é celebridade. Político não faz favor ao entregar qualquer serviço à população. O Político é um funcionário nosso no qual depositamos nossa confiança, pagamos seu alto salário, para que o mesmo trabalhe. E trabalhe com honestidade. Isso é obrigação! Ser honesto, ético, responsável e profissional é obrigação dos políticos e de qualquer outro profissional, diga-se de passagem. Temos que parar com esta mania de ao ver um político se portar como se estivesse diante de um “astro do cinema”, de dar regalias e prerrogativas que a maioria dos mortais não têm. Parar de dar “poder” a quem não tem tanto poder.

E com tudo que está acontecendo com o Brasil, todos estes casos de corrupção, primeiro, por falta de ética e de caráter dos corruptos e corruptores; segundo,pela falta de fiscalização de todos nós e falhas nas leis e, talvez, porque tenhamos dado a eles muito mais “poder” do que eles têm. (Clara Santos)

Xavier Rudd - Follow The Sun [official music video]

quinta-feira, julho 07, 2016

Que tipo de pessoa eu fui hoje?

EDITORIAL

Leitores e leitoras, como fiz para o jornal onde trabalho uma matéria muito bacana – feita por esta jornalista que vos fala - sobre artesanato e autoconhecimento, e também porque o final de semana está chegando, optei por um editorial leve e possa nos trazer algum conforto, bem-estar e um pouco de autorreflexão.
Que tal de noite, um pouco antes de dormirmos, já deitado, com o corpo descansado, pensarmos um pouco sobre como foi nosso dia, que ações tivemos, que tipo de pessoa fomos? Posso dizer que minhas ações, o tipo de pessoa que fui ao longo do dia me fizeram melhor, deram orgulho a mim mesma? Será que tratei bem as pessoas que eu amo, que eu tenho carinho? É um exercício tão simples mas posso garantir a vocês que pode trazer resultados impressionantes....
Ao longo das minhas leituras diárias encontrei um artigo muito bacana falando dos poderes do abraço. Um gesto simples com benefícios tão grandes. Além de ser uma demonstração de afeto, o abraço também é capaz de prevenir doenças relacionadas ao estresse e diminuir a susceptibilidade de contrair infecções, segundo um novo estudo publicado em 17 de junho deste ano na Psychological Science.
Um time de pesquisadores da CMU (Universidade Carnegie Mellon, sigla em inglês), em Pittsburgh, na Pensilvânia (EUA), liderados pelo professor de psicologia da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da CMU Sheldon Cohen, testaram se abraços funcionam como uma forma de “apoio social” e se a frequência de abraço seria capaz de proteger as pessoas de infecções associadas ao estresse, resultando em sintomas mais brandos de doenças. Pesquisas anteriores já mostraram que o estresse torna as pessoas mais suscetíveis a ficarem doentes.
Um terço das pessoas pesquisadas não desenvolveu os sintomas da gripe — exatamente aqueles que receberam mais abraços e apoio de pessoas de confiança.
Se você gostou da pesquisa e tem interesse em ler na íntegra, acesse o link: http://www.psicologiasdobrasil.com.br/abracos-protegem-contra-estresse-depressao-infeccoes-e-gripes-diz-estudo-3/#ixzz4DkAHsruO (Clara Santos – Jornalista)



terça-feira, julho 05, 2016

Depressão e suicídio, dois males que o RS tem em número elevado

EDITORIAL

Semana passada foi bastante divulgada pela imprensa a morte, por suicídio, da gaúcha ex Miss Brasil 2004, Fabiane Niclotti, de 31 anos. Antes de morrer, ela deixou recomendações escritas à família. Conforme o delegado Gustavo Barcellos, que investiga o caso, Fabiane escreveu bilhetes com instruções que gostaria que fossem atendidas, como o destino do seu cachorro, do carro e também do seu velório, ocorrido na quarta-feira (29).
A notícia trouxe à tona duas discussões cada vez mais recorrentes, a depressão e o suicídio. Conforme as notícias iam sendo divulgadas sobre os detalhes e depoimentos, foi revelado que a jovem tinha depressão. Além de divulgar a notícia fiquei atenta aos comentários. Muitos diziam que ela sempre sorria, ia trabalhar, era linda, tinha tudo, que ninguém poderia imaginar. Bem, pessoas com depressão geralmente escondem que têm esta doença. É uma doença e como qualquer doença, deve ser tratada por um profissional adequado. A depressão, que segundo divulgações do início de 2016, já atinge 350 milhões de pessoas, é considerada o mal do século XXI pela Organização Mundial da Saúde.
Muita gente insiste em não reconhecer que é uma doença. Os preconceitos e estigmas que costumam ser relacionados a transtornos psicológicos podem resultar, entre outros problemas, em tratamentos mal realizados ou nem realizados, e recaídas. Um dos motivos dessa má interpretação é que, muitas vezes, o problema é confundido com tristeza ou preocupações passageiras.
Semana passada também foi divulgado um estudo que aponta Osório entre as cidades com maior número de suicídio. De acordo com o Mapa da Violência, o RS tem 11 das 20 cidades brasileiras que mais tiveram suicídios. Geralmente uma coisa leva à outra: a depressão leva ao suicídio. São raros os casos em que uma pessoa se suicida sem ter passado por um quadro de depressão.
Ainda não se sabe quais são as origens da depressão, uma doença complexa que tem consequências físicas e emocionais. Conhecida também como Transtorno Depressivo Maior (TDM), é caracterizada por sinais que interferem na habilidade para trabalhar, estudar, comer, dormir e apreciar atividades antes agradáveis.
Se existe um aumento no número de depressões e suicídios, o que isto nos diz? Que as pessoas estão infelizes, só para começar. É claro que felicidade não é um sentimento constante e linear, mas você pode dizer que se considera uma pessoa feliz? Você conhece pessoas que você considera feliz, positiva, alto astral, alegre? Quando uma pessoa está de bem com a vida, consigo mesma ela não pensa em suicídio. O ponto é o que leva uma pessoa a ser feliz? Como se tornar uma pessoa positiva, otimista, alegre?
É também sabido que as pessoas reagem de forma diferente a situações parecidas. Por exemplo, muita gente entra em depressão por problemas financeiros, desilusão amorosa, diagnóstico de doença grave, bullying na escola etc. Outras, que passam pelas mesmas situações, conseguem transformar essas experiências em conhecimento, experiência de vida, sabedoria, autoconhecimento. O fato é que no início dos sintomas a pessoa deve procurar um especialista.

A melhor maneira de desmistificar e derrubar estigmas sobre os transtornos psicológicos é aprender mais sobre eles. Com toda tecnologia à nossa disposição fica fácil pesquisar sobre o tema. (Clara Santos- Jornalista do Jornal Momento)