Happiness.Documentary

Olá! Este é o blog oficial de divulgação do documentário que estou fazendo: #HappinessDocumentary e outras divulgações de meu interesse.
Eu já tinha este blog desde 2008. Apenas mudei o nome para o nome do documentário e mantive as publicações anteriores para que as pessoas possam me conhecer um pouco mais.

sábado, outubro 06, 2012

VOTO NÃO TEM PREÇO TEM CONSEQUÊNCIA

Gosto de política mas geralmente não me involvo muito nem dou muitos pitacos, mas desta vez resolvi escrever algo. Segue meu texto, escrito hoje, sábado, às vésperas das eleições. Dizer para alguém votar “certo” é um conceito bastante prepotente, arrogante. Pela lógica, dizer a alguém para votar certo é dizer não vote “errado”. E isto por si só já é partir de um conceito pessoal, muito próprio do que é certo ou errado. E é aí que está a prepotência, a arrogância porque o que é certo ou errado para um pode não ser para o outro. Quem se julga mais politizado, consciente, informado ou seja lá que outro adjetivo, óbvio que vai achar que está votando certo, de acordo com suas crenças partidárias, religiosas, por afinidade, por conhecer o/a candidato/a, por tradição de família etc. Uma série de motivos fazem as pessoas acharem que estão votando certo. Outras pessoas votam pensando nos privilégios que poderão tirar deste voto. Em outras palavras, isto também é vender o voto. O pior é que tem muita gente muito bem instruída que faz isto. Mas tem muita gente que vende o voto sem ter a menor noção das consequências. Gente que não tem a menor noção de quem são os candidatos, suas origens, plataforma, a qual partido pertence e o que este partido representa; gente que não sabe quem está no governo atual etc. e vende, na verdade nem vende, é mais uma troca, o voto por uma cesta básica, um par de sapatos novos, uma ferramenta de trabalho, as famosas dentaduras ou qualquer outra coisa que para aquela pessoa faz muita diferença e para o candidato então estes votos podem determinar a eleição. Outro erro muito comum, que realmente é difícil de entender, é a pessoa dizer que vai votar no outro porque sabe que o seu candidato não tem chances. Quem inventou tamanha falta de bom senso? O teu voto é parte de ti. Não importa se teu candidato tem chances ou não. Se fosse partir deste princípio ninguém ganhava. Não abra mão do seu candidato se realmente acreditas nele. Não importa se ele não ganhar agora. Tua consciência estará tranquila. Eu conheço pouquíssimas pessoas que acompanham política e os políticos, que investigam quem são, suas origens, suas propostas, sua vida pregressa, se é candidato “ficha limpa”. Muita gente vota acompanhando seu partido, independente do candidato. Outros, ao contrário, votam pelo candidato, independente de qual partido ele esteja, já que aqui no Brasil é comum mudar de partido. A Lei Ficha Limpa foi aprovada graças à mobilização de milhões de brasileiros e se tornou um marco fundamental para a democracia e a luta contra a corrupção e a impunidade no país. Trata-se de uma conquista de todos os brasileiros e brasileiras. Para garantir que essa vontade popular se reflita nestas e nas próximas eleições, a Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade (ABRACCI), mantém o sítio Ficha Limpa – um instrumento de controle social da Lei Ficha Limpa e uma ação de valorização do seu voto. Verifique o candidato em: http://www.fichalimpa.org.br/ As condutas de comprar e vender votos enfraquece profundamente o Estado Democrático de Direito, além de constituir o passaporte para privilegiar interesses privados, em geral, nada ligados às necessidades mais amplas da população. Quando uma pessoa tem um mínimo de instrução e ainda assim vende seu voto, deveria se punida tanto quanto o político que compra esse voto. O político que compra votos tem uma falha grave de caráter. Não se garante, não consegue ganhar por méritos próprios, não sabe competir e, dificilmente, está entrando na política pensando no bem comum. Está pensando em si mesmo. Sabiamente, a Lei 9.840/99 (http://mcce.org.br/sites/default/files/MCCE_NOVA_CARTILHA_9840.pdf ) define a venda de votos como a possibilidade de um candidato doar, oferecer, prometer e entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal para obter seu voto. É preciso notar que, mesmo não sendo a oferta aceita, já se consuma o crime eleitoral. Em face disso, para que a corrupção eleitoral tenha fôlego curto ou nenhum, torna-se necessário punir, exemplarmente, tanto o corruptor quanto o corrompido. Texto escrito pela jornalista Clara Santos. Euzinha!

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