Happiness.Documentary

Olá! Este é o blog oficial de divulgação do documentário que estou fazendo: #HappinessDocumentary e outras divulgações de meu interesse.
Eu já tinha este blog desde 2008. Apenas mudei o nome para o nome do documentário e mantive as publicações anteriores para que as pessoas possam me conhecer um pouco mais.

quinta-feira, setembro 18, 2014

TEXTO EXCELENTE QUE DEVERIA SER LIDO POR HOMENS E MULHERES

As mentiras que os homens contam



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Foto: Agência Brasil*
A sapatilha pendurada na ponta dos dedos deixava à mostra o calcanhar e o peito do pé. Eram as únicas partes do corpo, além dos braços e do pescoço, descobertos. Estávamos no ponto de ônibus em um dia quente em pleno inverno e eu me perguntava por que, em vez de responder meus cumprimentos, a moça seguia com o pescoço duro, as sapatilhas balançando, e o olhar fixo no aparelho celular.
Só comecei a entender porque o ônibus atrasou cerca de dez minutos. Foram dez minutos intermináveis. Ao menos para ela. Enquanto eu adiantava tranquilamente as leituras do dia naquele ponto afastado do centro da cidade, a menina fingia não observar que se tornava um ponto turístico para os motoristas que passavam pela rua. Uns desaceleravam para conferir em detalhes os atributos estéticos da garota. Outros assobiavam. Outros emitiam grunhidos com os beiços. Outro apenas gritou “gostosa”.
A distância entre nós, naquele ponto, era de cerca de dois metros e mais de 2000 anos. Eu sabia o que era esperar meu ônibus em tranquilidade. Ela não. E isso me parece motivo suficiente para insistir que, mesmo prestes a levar duas mulheres para o segundo turno da corrida presidencial, estamos longe, muito longe, de dar por definida a luta feminina contra uma estrutura ainda sensivelmente paternalista, sexista, autoritária.
Foi o que escrevi há alguns dias para mostrar, com alguns exemplos que supunha concretos, como ainda aceitamos esse fosso, escancarado para mim diante do assédio sofrido por uma mulher ao meu lado em um ponto de ônibus.
Ela tinha razão para ter medo. Os homens que passavam lambendo os beiços à sua frente estão há anos sentados em uma velha posição de conforto.
Essa posição é resultado de uma estrutura histórica que só quem não entende ou não quer entender pode minimizar. Começa com as brincadeiras da infância: os homens brincam de soldado, as mulheres brincam de cozinhar. De vez em quando brincam de princesas, aqueles seres delicados e condenados a passar a vida nos contos de fada a esperar um príncipe salvador.
Pouco depois, crescem ouvindo todo tipo de explicação sobre suas limitações sexuais e domésticas. Descobrem pela Bíblia que a moça boa, pra casar, é compreensiva com os maridos, aqueles meninos que brincavam de soldado e hoje fazem a própria guerra. Elas ouvem também que moça que não casa é porque não encontrou o homem certo. E se não encontrou está fadada aos maus humores das espécies de duplo cromossomo xis que não encontraram um falo para preencher seus espaços vazios. Mulher que quer respeito precisa se dar o respeito, dizem para ela. Quando é encoxada no metrô, bem-feito para ela: quem mandou provocar? Quem mandou desviar do caminho os olhares de quem estava apenas a caminho do trabalho e da guerra?
A brincadeira passa também pelos estereótipos. Não faz muito tempo, o professor de cursinho relacionava, em uma piada conhecida, o excedente de sangue eliminado na menstruação com a falta de uso do cérebro. Na novela, todas elas gostam de sapato de salto alto. Todas elas querem um marido rico. Moça boa de novela sofre com doçura pela casa, mas no filme pornô, feito por homens e para homens, é preciso saber de malabarismos. É preciso gemer. É preciso evocar a Deus diante de tanto prazer que a benção masculina pode proporcionar.
No dia da mulher, é preciso ganhar flores. É preciso sobretudo gostar de flores. Se não gostar, se vira, dê um jeito. Porque é preciso ser uma flor todos os dias do ano.
Quando mãe, é preciso padecer no paraíso. É preciso ter açúcar e ter afeto. Como na musica, é preciso, às seis da tarde, com dela se espera, esperar seu homem no portão e dizer que está muito louca pra beijar, e beijar o marido cansado com a boca de paixão e mordê-lo à meia-noite com a boca de pavor. É preciso se contentar com o destino amargo do matrimônio com sua dose natural de doçura.
No casamento, é preciso se retirar para a cozinha para lavar os pratos enquanto os maridos falam na sala sobre futebol. É preciso ouvir os lamentos da sogra sobre sua eficiência no trabalho doméstico e a negligência no cuidado dos meninões. É preciso ficar agradecida e lisonjeada quando o marido a chama de gostosa. E quando toma tapinhas na bunda. Ou quando ouve que está meio cheinha e precisa emagrecer. E ouve conversas sobre como todas as estagiárias se jogam no colo do marido enquanto ela o espera na janela.
Esse mundo de obediência e docilidade é um mundo em desconstrução em razão de uma série de conquistas recentes, a começar pela pílula anticoncepcional e a inclusão das mulheres no mercado de trabalho, passando pelas leis de proteção à violência e pelos benefícios sociais que quebraram, nas famílias menos abastadas, as regras do orçamento do patriarca.
Nas brechas de uma sociedade ainda tão paternalista quanto antiquada, há sinais evidentes de uma consciência de quem entendeu que não veio ao mundo para enfeitar a vida de ninguém – nem mesmo a visão dos poetas a cantarolar versos sobre as coisinhas (coisinhas, tá?) mais lindas e cheias de graças a caminho do mar.
Essa consciência deixa claro que ninguém está mais disposto a enlouquecer com a estrutura de intimidação que dinamitou a vida das mães e das avós que só aprenderam a sorrir, a driblar a amargura e o destino da dedicação quando ficaram viúvas e foram para o bingo.
Por isso a reação incomoda.
Após a publicação do texto sobre o machismo ainda presente nas eleições, recebi uma série de mensagens agressivas, quase em tom de ameaças. A maioria era movida pela chamada falsa simetria. Uma das mensagens citava o índice de assassinatos de homens para dizer que eram eles, e não as mulheres, as maiores vítimas da violência no país.
Na mesma mensagem, o signatário mostrava não compreender por que as mulheres eram tratadas como “minorias” se elas representavam a maioria da população. Entre outras pérolas, dizia que a representação feminina no Congresso só era baixa porque as mulheres, maioria dos eleitores, tinham preconceito contra elas mesmas e se boicotavam - um argumento muito parecido com aquele segundo o qual o negro demonstra preconceito contra ele mesmo quando se relaciona com uma mulher branca. O argumento, racista até o último fio de cabelo, aceita que grupos étnicos se relacionem apenas entre si, e não a liberdade de quem não se importa com a epiderme. Para falar em supremacia racial é um palito…
Pois bem. Em um debate público, principalmente quando relacionado a opções políticas, há teses e antíteses em tensão o tempo todo em direção à construção de sínteses. Quando se fala em preconceitos e privilégios, no entanto, não se pode relativizar. Se um lado sofre e outro reivindica o direito de fazer sofrer é porque um dos lados está (muito) errado.
Muitas vezes essa reivindicação do antigo opressor se dá por má fé. Outras por pura incapacidade de compreender o mundo além dos números. Daí a confusão do debate sobre minorias, um conceito relacionado a grupos hegemônicos em tensão com outros grupos sem acesso aos mesmos direitos ou privilégios. É o que explica, por exemplo, o fato de um país miscigenado como o Brasil ganhar uma única cor a depender do espaço frequentado. Ou o fato de os homens, minoria na população geral, serem os rostos dominantes nos púlpitos das igrejas, nos palanques políticos, nos postos de comando das empresas, no policiamento, na narrativa mitológica e na história oficial, tão bem conduzida por herois masculinos. Nada a ver com matemática, portanto.
As estatísticas, sob tortura, dizem qualquer coisa, mas uma análise mais cuidadosa, ou com mais boa vontade, levaria à conclusão de que em lugar nenhum do mundo os homens são assassinados por serem homens. Está para surgir estatística a apontar que a vítima masculina teve as roupas arrancadas, o corpo destruído e penetrado porque alguém o viu e concluiu: “Eis um homem com trajes inadequados. Eu mereço e posso estraçalhá-lo”. Nesse tipo de crime, que nasce e morre em uma questão de gênero, o homem quase nunca é a voz passiva do chamado crime passional - na construção semântica, o ódio cru é relatado como paixão.
Os homens das estatísticas morrem por diversos motivos. Morrem, por exemplo, na guerra às drogas, seja em tiros com a polícia, seja em acerto de conta com bandidos. Mas não por serem homens. A recíproca, infelizmente, é verdadeira: enquanto você lê este texto, há uma mulher sendo violentada, verbal ou fisicamente, dentro ou fora de sua casa pelo marido, o padrasto, o vizinho ou o desconhecido que aprendeu na infância que o corpo dela é a extensão da sua própria vontade, provocada toda vez que uma costela de Adão sai do Gênesis para lhes oferecer maças.
No caso da menina do ponto de ônibus, bastou o calcanhar à mostra para atrair todos os tipos de olhares e agressões. Ela seria alvo daqueles olhares com roupas inadequadas ou não. Pela reação dos leitores a um simples texto sobre o quanto ainda falta para avançarmos, ela tem toda razão para andar com medo. Ela pode trabalhar, obter sucesso, fazer carreira e votar em uma mulher para a Presidência. Mas o direito de caminhar em paz em sua rua ainda não foi conquistado. A depender dos machões que nos escrevem no Facebook, crentes de estarem em posição submissa por não poderem agredir as mulheres em paz, este direito não lhe será jamais outorgado.
*Manifestante durante a Marcha das Vadias em 2013, em SP; movimento pede autonomia sobre os próprios corpos e rechaçaram a ideia de que a roupa ou o comportamento justifiquem violência contra as mulheres

segunda-feira, setembro 08, 2014

A vida pouco convencional que eu gosto de ter...

Fui jantar com amigos de longa data, último sábado. O jantar foi na casa de uma grande amiga, também colega de jornalismo, junto com o outro grande amigo jornalista. Nós três trabalhamos juntos. Éramos três eventualmente com alguns outros! Um velho novo amigo também foi, a meu convite. Velho novo porque há tempos nos conhecemos mas havíamos perdido o contato. E na casa da amiga, anfitriã, outros amigos da amiga: um casal homoafetivo com sua filha de cinco anos, adotiva, uma outra jornalista, o marido da anfitriã e o filho deles, de cinco anos.
Conversa boa, gente inteligente, bem humorada e os vinhos, que sempre são trazidos pelo colega jornalista, do grupo “éramos três”, também ajudaram no processo de integração.
Eu resolvi escrever sobre este jantar porque no dia seguinte fiquei lembrando dos detalhes – eu sempre presto atenção em detalhes, privilégios (?) da minha área – e me veio à cabeça que eu adoro isto e aquilo. O isto é estar entre bons amigos com boa comida, boa conversa e boa bebida; o aquilo eram as pessoas que estavam no jantar com suas nada convencionais vidas, incluindo a minha.
Eu cheguei aos 40 divorciada, sem filhos, me recuperando de um câncer maligno, sem um emprego com estabilidade, com o emocional virado do avesso, fazendo terapia há anos, com as cobranças, mais familiares do que sociais, de ter que passar em um concurso público, tendo que ouvir os clichês absurdos que falam sobre mulheres que não querem ter filhos e não querem casar. Enfim, vou (re) levando...
A jornalista amiga da amiga anfitriã, divorciada, também não tem filhos biológicos mas tem três filhos do ex marido. Eles se separaram e os filhos do ex com a ex esposa preferiram ficar com a madrasta. Entendeu? Explico. Quando ela casou com ele e le era separado e já tinha três filhos. Os filhos foram morar com ele e a nova esposa. Eles se separaram e os filhos, enteados da agora também ex esposa, ficaram com ela. Agora me digam se isto não é ser uma mulher e tanto?
O casal homoafetivo tem uma filha linda de cinco anos, adotada. Uma garota cheia de vida,  criativa, inteligente, visivelmente alegre. Que ficou brincando com o filho do casal anfitrião, também de cinco anos e também com as mesmas características: visivelmente alegre, cheio de vida, inteligente, criativo. Duas formas  bem diferentes de família mas que ao meu ver são famílias.
O outro amigo jornalista também levou o filho já adulto, mas conheci ainda criança. Ele, aposentado, foi um dos pais mais presentes que conheci. Foi pai e mãe ao mesmo tempo, dos casal de filhos que tem. Daqueles que levantava de noite para trocar as fraldas e fazer mamadeira porque a mãe, mesmo quando estava fisicamente, nem sempre estava presente. Hoje curte a vida de um jeito mais que perecido, mas ainda mantém os filhos sob proteção.
O amigo que eu convidei, que há anos não tinha contato, também colega de comunicação, só que não jornalista, uma pessoa fofa, encantadora, nada clichê e que reagiu muito bem à surpresa de ir comer na casa de meus amigos pensando que estávamos indo só ele e eu. Humor apurado, aberto a conhecer pessoas novas e, como eu, um ser emocionalmente complicado, mas que está aí, também  como eu, dando a segunda face à vida...

Enfim, éramos pequenas ilhas, cada uma com um sistema muito complexo de idiossincrasias, formando, naquele momento, uma rede interligada pelas diferenças. Conforme descrevi acima, éramos pessoas com histórias de vida muito diferentes mas nossas afinidades e semelhanças se estabeleceram bem ali, justo pelas nossas diferenças. Nenhum de nós saiu daquele jantar os mesmos. Saímos melhores, com experiências tão diferentes de vida trocadas e isto agregou para que tenhamos saído dali seres humanos melhorados. Pelo menos foi assim para mim.

EU AMO BRASÍLIA

EU BRASÍLIA EU

EU Planalto Central
EU Cerrado
EU Seca
EU Chuva
EU Plano Piloto
EU Regiões Administrativas
EU JK
EU Avião
EU Ministérios
EU Embaixadas
EU Catedral
EU Igreja Dom Bosco
EU Parque da Cidade
EU Ermida Dom Bosco
EU Jardim Botânico
EU Lago Paranoá
EU Torre de TV
EU Athos Bulcão
EU Lúcio Costa
EU Oscar Niemeyer
EU Burle Marx
BRASÍLIA EU!


domingo, abril 13, 2014

Gozando De Um Bom Livro - Projeto beeem diferente de se ler um livro





""Gozando de um bom livro" é um projeto inspirado na obra "Hysterical Literature", porém com uma proposta um tanto diferente. Trazer mulheres comuns para passar pela batalha entre cérebro e corpo. Enquanto a nossa leitora lê um livro que não tem contexto sexual algum, ela é estimulada sexualmente. Leitora do capítulo de hoje: Elaine. Contato: www.twitter.com/DamaAmaldicoada Gostou do nosso vídeo? Clique em "Gostei" e inscreva-se no canal para receber aviso sobre os próximos capítulos. Quer ser uma "Leitora"? Envie um e-mail para queroserleitora@agenciansfw.com.br."






Entrevista a Edward O. Wilson, autor do livro A conquista social da terra

Estou lendo o livro: "A conquista social da terra", de Edward O. Wilson e estou adorando. Resolvi pesquisar mais sobre o autor e achei esta entrevista, com legenda em espanhol, bem bacana.



domingo, abril 06, 2014

A CORRUPÇÃO É CORROSIVA

Estou assistindo um filme de 2010 Chamado Nove Mortes. Mesmo nome em Inglês. Aparentemente só mais um filme para passar o tempo, mas o filme é interessante, um roteiro que vai se amarrando aos poucos e me fez pensar sobre a corrupção e como, aparentemente, embora acontece em situações isoladas, compromete a todos.
A comunicação é a chave para a sobrevivência de nove estrangeiros que foram sequestrados por um pistoleiro mascarado e disse que um deles vai morrer a cada dez minutos até que se descubra como eles estão todos conectados. Quem vai viver e quem vai morrer.
 São nove pessoas trancafiadas, cada uma delas aparentemente normais e cidadãos de bem mas cada um tem um segredo, um ato ilícito, um ato corrupto e o mais engraçado, que me motivou escrever este texto, é que cada um condena o ato do outro e acha que o seu é mais brando.
 É claro que o filme questiona as ações em cadeia dos atos corrupto, amorais e ilegais, mas também questiona a justiça com as próprias mãos.
Sabemos que a justiça com as próprias mãos não funciona porque o risco de julgarmos errado uma pessoa é grande. Além disto, mesmo quando há a certeza da culpa, fazer justiça com as próprias mãos faz cair por terra a necessidade de julgamento, ouvir as partes envolvidas etc. Não é errado ter leis, tribunais, julgamentos. Errado é ter gente degenerada, corrupta ou corruptível.
No filme, um pai que quer vingar a morte do filho se torna tão bandido ou pior do que os outros envolvidos. Isto é fato quando alguém faz justiça com as próprias mãos.
Mas o aspecto que mais me chama atenção é que o pedófilo se acha no direito de julgar os crimes dos demais e os demais de julgarem o crime do pedófilo.
É assim com quem é corrupto. A pessoa se acha no direito de reclamar do crime organizado, da violência,da política sendo que a corrupção não é um ato isolado. Ela afeta a todos, é um ato em cadeia e colabora para que outras coisas erradas continuem, aconteçam. É corrosivo, vai se espalhando.
Nem vou entrar na questão quântica da maldade de que um ato maldoso feito por um afeta toda a humanidade.
Vou me ater apenas ao ato de corrupção em si que nunca é praticado por uma única pessoa. Para ter um corrupto tem que ter os corruptores. Um pessoa sozinha não rouba dos cofres públicos sem ajuda de outros. E quando ela está tirando dinheiro que deveria ser aplicado para obras sociais, ela está tirando dela mesma, da família, dos amigos. Como pode a pessoa se tão burra de não perceber isto? E a pergunta não é só para corruptos e sim para todos que cometem atos ilícitos.
E para encerrar, só quero lembrar que corrupção não se define apenas por roubos aos cofres públicos. Furar fila, aceitar o troco errado, aceitar propina em formas de presentes, adulterar gasolina, taxímetro etc. são atos corruptos. Antes de criticar os outros pergunte a si mesmo se tu podes criticar, se podes julgar sem ter nada a esconder? Será que tu podes criticar os boeiros entupidos em dias de chuva? Será que nunca jogaste lixo no chão?  Estes pequenos atos de corrupção do dia a dia são tão graves quando um grande ato de corrupção. Lembre disto.
Complementando o que escrevi, encontrei um texto excelente de Gustao Ioschpe. Segue link para o texto:
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/gustavo-ioschpe-devo-educar-meus-filhos-para-serem-eticos

segunda-feira, março 31, 2014

POLIAMOR

Hoje postei no meu Facebook (https://www.facebook.com/clara.santos1848.) um video sobre poliamor.
Capa do Correio Braziliense de domingo falando sobre bigamia. Tema polêmico e, como todo tema polêmico, deve ser amplamente discutido sim. Os temas sociais não são estáticos, evoluem e nem sempre a lei os acompanha.
A palavra bigamia tem um peso, um estigma. Nos EUA, só para exemplificar, porque em outros lugares o tema também está mais adiantado, se fala em poliamor. É um assunto sério. Se pessoas adultas, em suas perfeitas faculdades mentais, escolhem este estilo de vida, qual o problema? O problema é a lei. Não é permitido aqui no Brasil . E isto gera um descompasso. Acho que tem que entrar no rol das discussões atuais como o casamento entre homoafetivos. Fica a dica de um documentário sobre poliamor para as pessoas pelo menos tentarem ver o outro lado.
http://youtu.be/H3SbBZNotuc
Também fica a dica de uma pesquisa:
Antropóloga de Bauru estuda o comportamento de homens no maior site de encontros extraconjugais, onde o que parece ser um formato moderno de adultério reflete, na verdade, uma tendência neoconservadora. Leia abaixo  entrevista a Alice Giraldi; clique aqui para ver o pdf