Happiness.Documentary

Olá! Este é o blog oficial de divulgação do documentário que estou fazendo: #HappinessDocumentary e outras divulgações de meu interesse.
Eu já tinha este blog desde 2008. Apenas mudei o nome para o nome do documentário e mantive as publicações anteriores para que as pessoas possam me conhecer um pouco mais.

terça-feira, março 21, 2017

ONU publica ranking dos países com as pessoas mais felizes no mundo

Felicidade pode ser calculada a partir de equação social que envolve prosperidade, confiança na sociedade e generosidade. Ser feliz é um objetivo de vida no mundo inteiro. Na segunda feira (21), no Dia Internacional da Felicidade, a Organização das Nações Unidas publicou um ranking dos países que têm as pessoas mais felizes. Para o filósofo John Locke, felicidade era um prazer duradoruro. Aristóteles associava felicidade à razão. E o alemão Kant entendia que felicidade existia pra quem “tudo decorre conforme o seu desejo e sua vontade”. Segundo o ranking divulgado hoje pela ONU, felicidade é viver na Noruega. Noruegueses têm um bom equilíbrio entre trabalho e lazer, vivem em contato com a natureza, têm boa educação e boa saúde pública. Além de coisas impensáveis em outros países como dez semanas de licença paternidade. Os noruegueses ficaram na frente dos dinamarqueses, os antigos líderes. Depois vêm Islândia. Será que o frio ajuda? Suiça e Finlândia. A felicidade, de acordo com o ranking da ONU pode ser calculada a partir de uma equação social que envolve prosperidade, confiança na sociedade, confiança no governo e outras questões importantíssimas como igualdade, honestidade, liberdade e generosidade. A Alemanha, um dos países mais desenvolvidos do mundo, campeão no futebol, na honestidade, na filosofia, ficou em 16º lugar. O Brasil caiu cinco posições, mas continua à frente de países ricos como a Espanha, a Itália e a França. Segundo a Onu, a felicidade latino-americana é maior na Costa Rica. Depois no Chile, no Brasil, na Argentina e no México. Os Estados Unidos perderam uma posição desde o último ranking. E a China é tão feliz hoje quanto há 25 anos. Entre os 155 países avaliados, as últimas colocações ficaram com a Síria e com países africanos onde também existem guerras terríveis, como a triste República Centro-Africana. Edição do dia 21/03/2017 21/03/2017 07h02 - Atualizado em 21/03/2017 08h31

sexta-feira, março 10, 2017

Nova entrevista que dei sobre meu projeto

http://www.jornalistasecia.com.br/edicoes/jornalistasecia1092ls08.pdf Mais uma entrevista sobre meu projeto. Desta vez para o Jornalistas&Cia, matéria da jornalista katia Morais. Vale a pena conferir o jornal e a entrevista comigo está na página 13. Gratidão Katia Morais!

sexta-feira, março 03, 2017

TRABALHO – Felicidade ou Infelicidade?

Texto extraído do livro que estou escrevendo junto com o documentário que estou fazendo. Definitivamente trabalho não é um dos motivos de felicidade para muitas pessoas. Este é um tema que me interessa muito e que ainda quero fazer um estudo mais aprofundado. Trabalho é uma das principais causas de doenças no mundo. Principalmente depressão. Na verdade não é o trabalho em si mas as condições para se trabalhar. Existe uma abismo de conhecimento, ou falta de, quando falamos dos atuais conceitos de trabalho e do que realmente deveria ser. Temos uma tecnologia super avançada e ao mesmo tempo muita gente trabalhando como escravas, ou em condições de semi escravidão, e outras tantas que estão trabalhando em algo que não gostariam de estar fazendo. Muitas pessoas nas últimas gerações escolheram uma carreira pensando no salário, pensando em estabilidade financeira, esquecendo que a estabilidade emocional é o mais importante. As universidades estão “falidas” na sua forma de ensinar e preparam profissionais para um mercado de trabalho ultrapassado, com leis antigas e com pouco embasamento científico, com pouca pesquisa. Eu sou formada em dois cursos universitários: Jornalismo, cinco anos; Letras, quatro anos. Depois comecei Direito e fiz até o terceiro semestre. Se me perguntarem sobre as aulas, posso garantir que metade dos cois cursos tinham aulas chatas, pouco interessantes, pouca didática. Assistia porque era obrigada para poder ser aprovada. E depois de formada, pouco do que aprendi realmente usei na prática. É triste mas esta é a realidade. E nesta década temos a geração “nem-nem”, nem uma coisa, nem outra. Nem trabalhar, nem estudar, ou pelo menos, o estudo e o trabalho não podem ser a prioridade na vida deles (as). Não querem e quem pode culpá-los (as)? Tenho encontrado, ao longo das viagens do documentário, muitos desta geração. Quando pergunto a eles (as) porque não querem estudar, respondem rapidamente: “estudar para quê”? Então, as vezes tento argumentar para ver o que sai, e respondo: “para ter uma profissão, para ter melhores condições, um trabalho, estabilidade, ganhar mais”. E me respondem: “E quem disse que quero trabalhar, ter estabilidade? Ser “escravo”, me matar trabalhando como meus pais, meus avós, para me aposentar com uma idade que não terei mais como aproveitar a vida?” É verdade que este novo problema social é mais comum na Europa e Estados Unidos, onde o Estado de Bem Estar Social é mais forte. Mais forte porque as gerações passadas trabalharam muito para isto e agora as novas gerações têm tudo, sem esforço, mas não querem. É claro que não se pode generalizar, mas é uma nova mudança social que começa a se espalhar pelo mundo. A geração “nem-nem”, ou “geração Y”, quer mais vida, mais felicidade e menos trabalho. Para essa nova geração, de pessoas entre 20 e 30 anos, o trabalho tem que ser sustentável, significativo, prazeroso e compatível com os projetos pessoais de vida. Essa é uma geração potencialmente melhor preparada do que as que a precederam (?), com mais conhecimento e domínio das tecnologia e, aparentemente, muito segura de si, motivo pelo qual não querem se submeter a ordens, levar uma “chamada” de atenção no trabalho ou na escola, se submeterem a horas corridas e ininterruptas de trabalho. É claro que também existe o lado negativo dessa geração, que os sociólogos identificam como uma característica comum neste grupo: a inexistência de um projeto de vida. As manifestações mais evidentes são a apatia e a indolência. O que os fez terem esta postura? Um ambiente familiar extremamente tolerante, um Estado paternalista, um sistema educativo permissivo e desajustado das necessidades do mercado de trabalho e um contexto geral de facilitismo e de bem-estar que hoje sabemos ser impraticável. De fato, “ser obrigada” a ir trabalhar todos os dias, em alguns casos bater ponto, tenha ou não tenha o que fazer, ou, as vezes tendo o que fazer, mas que poderia ser feito de casa (home office), não têm nada a ver com realização. Mas as leis, os conceitos ultrapassados que me referi acima não permitem flexibilidades. A depressão, por exemplo, considerada um dos grandes males desse século, em sua maioria é oriunda do trabalho. A Organização Mundial da Saúde aponta a doença como maior causa de afastamento do emprego até 2020. Bem, para mim isto diz muito sobre a “infelicidade” das pessoas no trabalho. No Brasil, uma pesquisa realizada pela UnB - Universidade de Brasília- em parceria com o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), divulgada em 2016, mostrou que quase 50% dos trabalhadores que se afastam por mais de 15 dias do trabalho enfrentam algum transtorno mental, tendo a depressão como a principal causa. O excesso de sobrecarga e a forma como as atividades são impostas no ambiente de trabalho, estão entre as principais causas para o adoecimento dos trabalhadores. Muito do que escrevo aqui é em causa própria. Não sou da geração “nem-nem” mas também não quero mais me matar trabalhando. Quero trabalhar no que eu gosto, no que me realiza e, no meu entender, quando você faz o que você gosta, não é trabalho, é prazer e assim deve ser. Se ao fazer o que gosto, que me realiza e, por consequência, me faz feliz, vier acompanhado de uma boa remuneração, ótimo, mas se não vier, a remuneração não é o mais importante para mim. Nos anos de 2013, 14 e 15, meu último emprego antes de sair para fazer o documentário, eu tive em menos de quatro anos cinco chefes. É menos de um chefe por ano. Nem vou entrar na questão dos gastos que isto gera para o Estado, na verba pública jogada fora, porque já é sabido e isto também é uma forma de corrupção, uma vez que os cargos de chefias são políticos, mas vou falar do estresse que isto gera, de se estar começando ou no meio de um projeto e com a troca de chefias tudo para, tudo muda, muita pressão, muita cobrança, gente despreparada assumindo funções de mando, de gestão. É horrível! E se colocam algum (a) que é competente, logo mudam porque existem as pressões políticas... Há uns nove anos trabalhei por três meses como secretária em um importante escritório de advocacia, em Brasília, que trabalha com antitrust, direito internacional, é americano e tem filias em vários países, durante uma fase que não conseguia emprego nas minhas áreas, mas tinha que trabalhar para me manter. O “ter” que trabalhar já é o problema. O chefe máximo era uma pessoa completamente desequilibrada, do tipo que não sei se teria que estar internado mas certamente fazendo um tratamento psiquiátrico ele deveria. Era visivelmente problemático. Um déspota. Eu tinha pesadelos, dores horríveis de estomago. Todos morriam de medo dele e rezavam para não ter que ter algum assunto para falar com ele porque tinham medo das grosserias, dos xingamentos, do desprezo, dos assédios morais. Como deixam uma pessoa assim exercer um cargo de chefia tao importante? Eu digo como: ele rendia cifras altíssimas ao escritório, que preferia trocar toda hora todo mundo a perder ele. Sim, porque ninguém parava no escritório. Ninguém aguentava ele. Chegou um ponto que afetou minha saúde. Você que está lendo este livro, responde a si mesmo, quantas vezes você já mentiu que estava doente ou algum outro tipo de mentira, para não ir trabalhar e/ou para não ir á aula? Quem nunca fez isto? Não era para ser assim. Estudar e trabalhar são partes de mais da metade de nossas vidas e deveriam ser motivo de contentamento, de felicidade, de realização. Fica a dica pensar no assunto...