EDITORIAL
As eleições estão chegando então me ocorreu de escrever o
editorial sobre uma questão que observo e me incomoda um pouco, que é a
necessidade que algumas pessoas têm de “endeusar” pessoas, de criar
celebridades.
Antes mesmo do homem ser sapiens já existe registro de culto
a alguma coisa: animal, astro, elementos da natureza, “whatever”, o que vem a
provar que é inerente ao ser humano, mas precisamos ter cuidado com o quê ou
quem cultuamos e em que medida. Nem todo líder é “celebridade”, e ninguém é
celebridade até que outro a transforme em tal.
Parece que existe uma necessidade de ter “reis”, “rainhas”, “princesas”,
“príncipes”, já perceberam? E a mídia é uma das principais responsáveis por
isto, não posso negar. É o rei cantor, o rei jogador, a rainha apresentadora, a
princesa não sei de onde, a celebridade de tal reality. Prá quê estes
adjetivos, eu fico me perguntando.
Ser uma "celebridade" é ter "fama",
"reputação bem-estabelecida", "notabilidade", segundo
algumas das definições registradas nos dicionários. Mas, com a ampliação do
conceito – que hoje abrange também personalidades da internet, concursos de
beleza e realities da TV – há quem não aceite ser classificado como
celebridade, apesar do reconhecimento público por seu trabalho. Mas em via de regra tem gente que se expõe ao
ridículo para ter seus 15 minutos de fama e se tornar uma celebridade.
Enfim, o que quero chamar a atenção, desta vez, é com
relação aos políticos. Político não é celebridade. Político não faz favor ao
entregar qualquer serviço à população. O Político é um funcionário nosso no
qual depositamos nossa confiança, pagamos seu alto salário, para que o mesmo
trabalhe. E trabalhe com honestidade. Isso é obrigação! Ser honesto, ético, responsável
e profissional é obrigação dos políticos e de qualquer outro profissional,
diga-se de passagem. Temos que parar com esta mania de ao ver um político se
portar como se estivesse diante de um “astro do cinema”, de dar regalias e prerrogativas
que a maioria dos mortais não têm. Parar de dar “poder” a quem não tem tanto
poder.
E com tudo que está acontecendo com o Brasil, todos estes
casos de corrupção, primeiro, por falta de ética e de caráter dos corruptos e
corruptores; segundo,pela falta de fiscalização de todos nós e falhas nas leis
e, talvez, porque tenhamos dado a eles muito mais “poder” do que eles têm.
(Clara Santos)
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