Happiness.Documentary

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quinta-feira, julho 28, 2016

Rio 2016: Olimpíada atrapalha ou ajuda o Brasil?

ARTIGO Temos visto várias críticas da imprensa nacional e internacional, de algumas delegações que chegaram e não encontraram os alojamentos em condições habitáveis, como foi o caso da Austrália. É sabido que não existe perfeição nestes tipos de eventos grandiosos. Outros países também tiveram problemas em edições anteriores das Olimpíadas, mas o que os outros não tiveram foi uma cidade linda como o Rio de Janeiro e a alegria de um povo como o brasileiro. Não se pode negar as falhas apresentadas na Vila dos Atletas, algumas causadas por incompetência dos organizadores ou atrasos nas entregas, outras, investiga-se agora, por sabotagem por parte de funcionários insatisfeitos. O comitê da Rio 2016 não procurou culpados, nem identificou suspeitos, mas o alto escalão não explica de outra forma os blocos de cimentos encontrados dentro dos vasos sanitários, por exemplo. Porém, não podemos deixar de analisar, à luz da razão, se o evento deixará ou não um saldo positivo como foi anunciado. Principalmente neste momento econômico difícil que o País passa, além das denúncias de corrupções diárias, que sem dúvida levantam suspeitas sobre as obras da Rio 2016, afinal, tivemos a Copa e sabemos que muitos estádios foram superfaturados e não estão lucrando o que foi prometido que lucraria. No caso de obras superfaturadas, envolvidas em corrupção, isto por si só já é suficiente para nos deixar com um saldo negativo. Em setembro de 2009, quando o Rio de Janeiro ainda competia com Madri, Tóquio e Chicago para ser a sede dos Jogos Olímpicos, um estudo encomendado pelo Ministério dos Esportes à Fundação Instituto de Administração (FIA) estimava que a competição poderia movimentar US$ 51 bilhões em recursos e cerca de 120 mil empregos. Só que em 2009 existia uma crise grave mas nos EUA e aqui nem sonhávamos que passaríamos pelo que estamos passando agora. O estudo defendia que os investimentos feitos para o evento teriam um efeito multiplicador amplo e diversificado sobre a economia, que duraria anos. O impacto também seria positivo fora do Rio de Janeiro - cerca de metade desses postos de trabalho beneficiariam moradores de outros Estados, mas na prática parece que não está sendo assim. Se compararmos com a Copa, as Olimpíadas duram apenas duas semanas - não quatro, como no Mundial. À exceção dos jogos de futebol, todas as competições ocorrem no Rio de Janeiro, enquanto na Copa eram 12 cidades-sede. Sendo otimista, talvez a Olimpíada possa promover o turismo no Rio e passar uma imagem positiva do povo, se tudo ocorrer como previsto, sem incidentes de violência, claro. Segundo um especialista em economia do esporte da Universidade de Hamburgo, Wolfgang Maennig, que vem estudando há anos os impactos econômicos de grandes eventos esportivos, essas competições "costumam ser um jogo de soma zero" e acrescenta que estudos empíricos não captaram nenhum efeito significativo dos Jogos na geração de emprego, renda e arrecadação de impostos. Então, continuando com o otimismo, até porque não têm volta, é melhor tirar o melhor disto tudo: uma Olimpíada é, basicamente, uma grande festa de confraternização entre povos. As pessoas ficam mais felizes. É um momento de celebração do esporte para ser lembrado por muitos e um pouco de felicidade é tudo que o povo brasileiro está precisando... (Clara Santos)

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